Um punk do subúrbio na selva de pedra carioca Entre embalagens, sabores, imagens, ritmos, cheiros e roupas, retrato aqui, algumas memórias de minha geração. Coca-cola, vinil, jeans rasgado, coturnos, mochilas com botons e riscadas com canetas esferográficas Kilométrica e BIC azul. Ramones, Replicantes, Inocentes, Ratos de Porão e Garotos Podres, eram alguns sons que faziam minha cabeça. A harmonia dos abacateiros, mangueiras, das jaqueiras, com monumentais copas e sombras bem características e marcantes, pássaros e micos, de meu bairro no subúrbio da central, me trazia um pouco de tranqüilidade, um bairro que mais parecia uma cidadezinha de interior, pequenas hortas no fundo das casas, foram algumas lembranças que registraram e acompanharam o desenrolar desse crescimento e movimento. Cotidiano e costumes de rotina bem específicas, em que as senhoras colocavam suas cadeiras nas calçadas para papear com os vizinhos da rua, principalmente a noite em dias quentes. Com isso do...