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Contos Urbanos 3

A primeira marroquina



O salão de beleza com seus diversos produtos para embelezamento são pés, mãos, cabelos e muita conversa. Nesse dia, a televisão estava desligada, a gente conseguia ouvir algumas histórias das pessoas umas conhecidas outras nem tanto.Quando entrei,logo avistei um aquário enorme à minha frente, fiquei impressionado com o tamanho daquilo, acho que a loja já tinha sido um pet shop que vendia peixes de feira. Falei com o atendente que anotou meu nome e perguntou se era a primeira vez que tinha chegado ali.

Queria fazer um corte de máquina 4, ele quis saber se tinha preferência por homem ou mulher, disse que não, vi que oelo entre eu e o atendente não seria tarefa fácil, fiquei mais ou menos umas duas horas para ser atendido eram 19 h de sexta feira, e todos estavam ansiosos para sairo mais bonito possível, não podia me esquecer que tinha chegado o final de semana, pela vidro do salão via a rua do Riachuelo, o ônibus C-10 passando a avenida nossa senhora de Fátima, estava cheia de mesas na rua, o bar das quengas, a sinuca da rua do Resende bem movimentada, nessemomento peguei uma revista vogue americana, nela diversos cortes de cabelos, achei que poderia ali escolher um corte mais moderno, a cabeleireira veio falar comigo, se me importaria que ela fizesse o meu cabelo e uma escova marroquina em mais outra pessoa, o salão estava cheio a fila para pés e mãos era grande mas estavam todos felizes revistas de moda pintura esmalte de diversas cores faziam o ambiente.

Chega minha hora vou para o fundo do salão ao lado um painel de uma pintura gigante da baía de Guanabara, erapróximo ao bebedouro e a geladeira, sentia cheiros de condicionadores, shampoos, perfumes, mas antes de me atender um vendedor de salgadinhos passou em frente oferecendo uns bolinhos que pareciam estar deliciosos, vi que várias pessoas já tinham tido a mesma idéia, eu estava com bastante sede e o suco que vinha com o salgado me chamou a atenção,era uma deliciosa limonada vinham com pedras de gelo flutuando,foi o suficiente para me sentir bem melhor durante o tempo e a observar as mais de 4 horas de escova marroquina que a cabelereira fazia em uma mulher de meia idade de vestido preto e brincos de argolas.

Os produtos utilizados eu nem perguntei, só sei que a mulher ficou bem bonita e meu cabelo muito mais hidratado e brilhoso com o corte que fiz a máquina, pois aproveitei o tempo para fazer um relaxamento.


Eduardo de Almeida
Apalpiano território são cristóvão

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