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Contos Urbanos 4

Conjunto de textos a seguir fazem parte da série ensaios, e que está em processo de construção permanente, e foram desenvolvidas nas oficinas da escola livre da palavra (ELP).


Inventário ice kill de objetos sons corpos e teleférico



Bolsas de compras da cesta básica, entro na Kombi esses objetos se tornam realidade as de supermercados são as mais vistas, a juventude com suas mochilas da escola das princesas ou de bem 10, brincos coloridos pendurados em orelhas vermelhas , calças jeans rasgadas na loja, bermudas floridas de surfista, short de malha quando mais lavado mais rasgado fica, cordões da santa padroeira, camisetas de candidatos, bonés de basquete da NBA, radinhos de pilha com celulares de câmera e mp3 vermelho sangue nas mãos da menina, as saias indianas cheia de flores hippies, o retrovisor nos avista de longe para que a rua os sinais de transito e placas mal sinalizadas indiquem o túnel mais próximo.

O latido do cão nervoso produzem sons as vezes percebidos e confundidos com helicópteros sobrevoando minha cabeça, motores soltando fumaças de CO2 carbono na veia, nativa FM com seu gingado me leva para a praça das nações na rua nova Iorque cortando a Bruxelas, para quem vai para a rua dos democráticos. Escavadeiras dividem espaços com os automóveis deixando uma poeira no ar, me sentia um pouco em Pequim mais ainda com a quantidade de motoboys parados no sinal, com os motos em paralelas parecendo apostar corrida, o vento no rosto bagunçando o cabelo, produzia descanso para o corpoir à diante.

O calor que saia do corpo suado, camisa verde claro refletia o sol, topes bem curtos sob domínio, apertado naintimidade, corposroçando sem querer, com as mãos a mostra e que os olhares atentos direcionam o destino da gente, visões entrecruzadas, naquele mesmo sentido de estarmos em frente, torcendo para a Kombi não parar e chegar o mais rápido possível, o vapor no céu nos transporta para uma janela bem aberta, que serve de entrada de ar, como ar condicionado de churrascaria, estou paralisado entre um senhora de meia idade e um senhor aposentado, não posso me mexer, o senhor organizava seu envelope de documentos, seu chapéu de vaqueiro equatoriano do largo da carioca dava um aspecto sóbrio.

Então o teleférico surge, sãopostes e pilastras fincadas por bate estacas, enormes cabos de aços morro acima, dão sentido as pedras e cimento colocadas de forma simétrica calculada milimetricamente, refletores de luz iluminam o caminho para o céu da Igreja da Penha, máquinas e trens made in china passam pela estação, testes eram feitos com as cápsulas envidraçadaspenduradas que refletiam o sole saíam de uma estação de cinco andares, muitos paravam para observar aquele instrumento que parecia voar e que levará mais rápido os moradores à caixa d’água.



eduardo de almeida
Apalpianodo território de são cristóvão

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