Os caminhos que levam à Leopoldina
Adoro as promoções da Praça das Nações, as lojas vivem em liquidação principalmente para aqueles que procuram tênis ou sapatos, as lojas ELITE e SAPASSO, já são bem antigas nesse ramo e no bairro, geralmente com preços muito bons. Bonsucesso eu adoro esse lugar, é o caminho mais curto para nós que moramos em torno da região da Leopoldina, linha auxiliar de trens urbanos que leva também para a Baixada Fluminense, Duque de Caxias, Belford Roxo e Queimados.
Eduardo Almeida
Apalpiano do território de são cristóvão
Adoro as promoções da Praça das Nações, as lojas vivem em liquidação principalmente para aqueles que procuram tênis ou sapatos, as lojas ELITE e SAPASSO, já são bem antigas nesse ramo e no bairro, geralmente com preços muito bons. Bonsucesso eu adoro esse lugar, é o caminho mais curto para nós que moramos em torno da região da Leopoldina, linha auxiliar de trens urbanos que leva também para a Baixada Fluminense, Duque de Caxias, Belford Roxo e Queimados.
Mas é de Kombi que o caminho se torna mais interessante e rápido. É na Cancela, em São Cristóvão, o ponto em que escutamos a buzina anunciar:
“Bonsucesso, Praça das Nações, Leopoldo Bulhões, Manguinhos, Mandela, Parque União, Bob´s e Caracol”.
Um grupo enorme de pessoas, senhoras e jovens se dirigem aquele automóvel que em boa parte nos deixa a pergunta de como vai chegar. Mas como estou com pressa, entro sem olhar, deixando um relax acontecer, pois é melhor ir um pouco mais apertado e chegar mais rápido do que esperar o 350 (Passeio-Irajá) além de demorar mais, sempre vem lotado.
Separo os R$ 2,00 para facilitar a vida do cobrador e a minha, quando percebo que a Kombi está com sua lotação máxima, o cobrador puxa um banquinho de plástico e senta no corredor começa a conversar com outro passageiro. Eles conversavam sobre o sistema de porta automática que quase todas elas já possuem, eles falavam do perigo que é ficar com a cabeça para fora com aporta aberta.
“Outro dia quase perdi a cabeça, tomei um pancadão da porta que fiquei zoadão o dia inteiro”, disse um para o outro.
O fundo do silêncio era quebrado pelo pagode do Belo motorista conhecia bastante a letra, do meu lado um casal de evangélicos seguravam bem firmes suas bíblias me perguntaram onde ficava o supermercado prezunic, respondi que era logo depois de passar o ponto do Arará em Benfica, ao entrar na Leopoldo Bulhões, começaram a conversar sobre o culto e o pastor que tinham acabado de conhecer, me deixaram um convite da igreja e desceram.
O dia estava bem cinza, pela janela comecei a ver a comunidade de Mandela e as casinhas das obras que ali acontecem o conjunto novo que construíram em Manguinhos, ao fundo o prédio da Fiocruz se destacava na paisagem, como o novo Teleférico com suas cápsulas penduradas sobre cabos de aço feito pão de açúcar para levar os moradores para o Complexo do Alemão, tapumes de obras se misturavam a paisagem, com pixações aos mortos em “combate” nessa guerra particular, parafraseando João Moreira Salles no filme.
Um casal de namorados desce em frente à estação de trem e um senhor do nordeste me pergunta sobre as horas, vejo que são vinte para as quatro da tarde e que meu ponto está chegando, peço então para me deixarem em frente ao Bonsucesso Esporte Clube, a Kombi para, pago ao cobrador e me despeço com um obrigado e sigo em direção ao Ponto Frio.
Eduardo Almeida
Apalpiano do território de são cristóvão
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